quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Renda de cartórios vai da penúria à riqueza
Levantamento mostra que 33 serventias extrajudiciais do Paraná faturam no máximo R$ 12 mil anuais, enquanto uma chega a ganhar pelo menos R$ 12 milhões
Levantamento feito pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) revela que o faturamento anual do conjunto de cartórios extrajudiciais do Paraná – que emitem certidões e registram contratos – gira em torno de R$ 170 milhões.
O mesmo estudo indica ainda que há uma disparidade muito grande no rendimento deles:
- 25 cartórios têm faturamento acima de R$ 1,2 milhão anuais;
- 31 entre R$ 600 mil e R$ 1,2 milhão;
- 217 entre R$ 120 mil e R$ 600 mil por ano;
- 126 de R$ 60 mil a R$ 120 mil;
- e 232 com arrecadação de até R$ 60 mil.
O estudo mostra ainda que um cartório teve arrecadação entre R$ 6 milhões e R$ 12 milhões – o que dá, no mínimo, R$ 500 mil por mês.
Também houve um caso no Paraná em que o faturamento ficou entre R$ 12 milhões e R$ 24 milhões.
Do outro lado, há 33 cartórios com rendimento de no máximo R$ 12 mil anuais – um faturamento máximo de R$ 1 mil mensais.
Os dados do CNJ são de 2006 e os números devem ser atualizados no próximo mês.
Mas revelam que, ao menos para algumas serventias, existe de fato uma situação de penúria – um dos argumentos utilizados pelos cartorários para defender o reajuste de custas judiciais e extrajudiciais no Paraná.
O tema será debatido hoje em audiência pública no plenário da Assembleia Legislativa.
O evento começa às 10 horas e é aberto ao público.
Os cartorários defendem uma alta de 50,5%, como forma de repor as perdas inflacionárias dos últimos sete anos – o último reajuste ocorreu em 2002. Pelo projeto em trâmite na Assembleia, o aumento seria de 33,99%. Mas a Associação dos Notários e Registradores do Paraná (Anoreg-PR) diz que esse texto foi apresentado em 2007 e é preciso elevar o porcentual para ajustá-lo às necessidades atuais.
Do outro lado, a Ordem dos Advogados do Brasil Seção Paraná (OAB-PR) critica o projeto e diz que o reajuste não é justo, pois há “deficiências” no serviço prestado e que o reajuste “dificultaria ainda mais o já restrito acesso da população à Justiça”. O aumento atingiria também as serventias judiciais, que são a porta de entrada para qualquer cidadão ingressar com uma ação.
Cerca de 50 representantes da OAB-PR devem comparecer ao plenário da Assembleia hoje para pressionar pela rejeição do projeto.
Os deputados estaduais, antes de votar o aumento, querem ter acesso a detalhes sobre o faturamento de cada serventia, gastos administrativos e número de funcionários. Um requerimento pedindo isso foi apresentado ontem pelo deputado Reni Pereira (PSB), mas o líder do governo, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), pediu que a votação fosse adiada para depois da audiência de hoje.
O TJ, autor do projeto do reajuste das custas, sinalizou que poderia retirá-lo da Assembleia. A sugestão de trocá-lo por outro havia sido feita pela própria Anoreg-PR, após reportagem da Gazeta do Povo mostrar que o preço de alguns serviços cobrados pelos cartórios do Paraná são maiores do que os dos outros estados das regiões Sul e Sudeste.
Segundo a Anoreg, em outros locais as serventias trabalham com mais faixas de valores de documentos do que o Paraná, e assim podem cobrar menos por determinados itens, pois são recompensados pelos documentos com maior valor.
Foro Judicial
A arrecadação das serventias judiciais, pelo menos, será mais transparente a partir de amanhã. Entra em vigor o Provimento n.º 140, que obriga o recolhimento das custas e despesas processuais por meio de boleto bancário. Segundo o TJ, o novo sistema permitirá a fiscalização “de maneira mais célere e segura.”
*com informações publicadas na Gazeta do Povo
Levantamento feito pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) revela que o faturamento anual do conjunto de cartórios extrajudiciais do Paraná – que emitem certidões e registram contratos – gira em torno de R$ 170 milhões.
O mesmo estudo indica ainda que há uma disparidade muito grande no rendimento deles:
- 25 cartórios têm faturamento acima de R$ 1,2 milhão anuais;
- 31 entre R$ 600 mil e R$ 1,2 milhão;
- 217 entre R$ 120 mil e R$ 600 mil por ano;
- 126 de R$ 60 mil a R$ 120 mil;
- e 232 com arrecadação de até R$ 60 mil.
O estudo mostra ainda que um cartório teve arrecadação entre R$ 6 milhões e R$ 12 milhões – o que dá, no mínimo, R$ 500 mil por mês.
Também houve um caso no Paraná em que o faturamento ficou entre R$ 12 milhões e R$ 24 milhões.
Do outro lado, há 33 cartórios com rendimento de no máximo R$ 12 mil anuais – um faturamento máximo de R$ 1 mil mensais.
Os dados do CNJ são de 2006 e os números devem ser atualizados no próximo mês.
Mas revelam que, ao menos para algumas serventias, existe de fato uma situação de penúria – um dos argumentos utilizados pelos cartorários para defender o reajuste de custas judiciais e extrajudiciais no Paraná.
O tema será debatido hoje em audiência pública no plenário da Assembleia Legislativa.
O evento começa às 10 horas e é aberto ao público.
Os cartorários defendem uma alta de 50,5%, como forma de repor as perdas inflacionárias dos últimos sete anos – o último reajuste ocorreu em 2002. Pelo projeto em trâmite na Assembleia, o aumento seria de 33,99%. Mas a Associação dos Notários e Registradores do Paraná (Anoreg-PR) diz que esse texto foi apresentado em 2007 e é preciso elevar o porcentual para ajustá-lo às necessidades atuais.
Do outro lado, a Ordem dos Advogados do Brasil Seção Paraná (OAB-PR) critica o projeto e diz que o reajuste não é justo, pois há “deficiências” no serviço prestado e que o reajuste “dificultaria ainda mais o já restrito acesso da população à Justiça”. O aumento atingiria também as serventias judiciais, que são a porta de entrada para qualquer cidadão ingressar com uma ação.
Cerca de 50 representantes da OAB-PR devem comparecer ao plenário da Assembleia hoje para pressionar pela rejeição do projeto.
Os deputados estaduais, antes de votar o aumento, querem ter acesso a detalhes sobre o faturamento de cada serventia, gastos administrativos e número de funcionários. Um requerimento pedindo isso foi apresentado ontem pelo deputado Reni Pereira (PSB), mas o líder do governo, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), pediu que a votação fosse adiada para depois da audiência de hoje.
O TJ, autor do projeto do reajuste das custas, sinalizou que poderia retirá-lo da Assembleia. A sugestão de trocá-lo por outro havia sido feita pela própria Anoreg-PR, após reportagem da Gazeta do Povo mostrar que o preço de alguns serviços cobrados pelos cartórios do Paraná são maiores do que os dos outros estados das regiões Sul e Sudeste.
Segundo a Anoreg, em outros locais as serventias trabalham com mais faixas de valores de documentos do que o Paraná, e assim podem cobrar menos por determinados itens, pois são recompensados pelos documentos com maior valor.
Foro Judicial
A arrecadação das serventias judiciais, pelo menos, será mais transparente a partir de amanhã. Entra em vigor o Provimento n.º 140, que obriga o recolhimento das custas e despesas processuais por meio de boleto bancário. Segundo o TJ, o novo sistema permitirá a fiscalização “de maneira mais célere e segura.”
*com informações publicadas na Gazeta do Povo
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