Por que o cigarro é incluído no cálculo da inflação?

Acabei de incluir uma notícia no plantão da Gazeta do Povo, informando que a inflação medida pelo IPCA 15 (dos 15 dias de maio) teve um sobressalto de alta. Uma das causas foi o aumento no preço dos cigarros.

Você pode ler a notícia, da Agência Estado, clicando aqui. O outro item que contribuiu para a alta foi o de remédios.

Resumindo, cigarros e remédios puxam a alta da inflação.

São duas coisas antagônicas. Cigarro, que estraga a saúde, e remédio que tenta minimizar os efeitos do cigarro e da perda da saúde.

Então, eu fiquei pensando - e isto é um perigo, vocês vão dizer -, mas reflita comigo caro e raro leitor, mesmo os que fumam: desde quando o cigarro deve entrar na contagem da inflação? O tal do IPCA significa Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (não é o consumidor que é ampliado, mas o índice de preços).

Cigarro só compra quem quer.

Bom, queria que todos opininassem para me esclarecer, mas ao que parece, o cigarro - e, por consequência, os fumantes - ajuda no aumento da inflação. E se tem os fumantes passivos, também existem os inflacionados passivos (e outros passivos mais, antes que qualquer engraçadinho lance mão da piada sem graça).

Me respondam então - o cigarro deve entrar no índice que calcula a inflação? bebida alcoólica também? Maconha e cocaína também? Anfetaminas? Metadona? Heroína? Crack?

*com informações de Luiz Claudio Oliveira no Blog SOBRETUDO na Gazeta do Povo