quinta-feira, 18 de junho de 2009
“Os incomodados que se retirem”
Veja abaixo o depoimento da repórter Mariane Salerno sobre a reportagem de Curitiba para o programa “Um ano da lei seca”:
"Quando se chega a uma cobertura um mês depois do ocorrido, corre-se o risco de ter de enfrentar certos incômodos. No caso do acidente com o ex-deputado Fernando Carli Filho, que matou dois meninos em Curitiba, em maio deste ano, encontramos alguns. O caso teve muita repercussão e foi bastante noticiado e, apesar de eu nunca ter pisado na cidade, ouvi muitos: “vocês de novo”, “vocês não cansam, não?”, “você não pode usar a entrevista do jornal local?”, “mas todo mundo já divulgou isso”, “usa o arquivo da Rede Globo” etc.
A única testemunha do acidente não queria ser incomodada. O delegado do caso se incomodou com as perguntas. O dono do restaurante, onde o então deputado bebeu antes do acidente, também ficou extremamente incomodado com a nossa presença. De uma forma geral, pessoas importantes para o esclarecimento dos fatos estavam incomodadas por receber jornalistas mais uma vez, repetir entrevistas, coisa e tal.
Mas, por outro lado, tinha o incômodo das famílias das vítimas. Eles, pais e irmãos de Rafael Gilmar e de Carlos Murilo, estavam muito incomodados com os quartos vazios, com os objetos encaixotados, com os planos interrompidos, com a falta daqueles abraços, com os lugares sobrando na mesa do jantar, nos almoços de família, com as perdas irreversíveis.
E foi com esse incômodo que eu me incomodei. E, por ele, eu enfrentei todos os outros incômodos e seus incomodados."
Nota do autor do blog:
eu também me senti incomodado:
- em ver que o delegado que conduz esse caso, não sabe o que fazer na sequência da apuração dos fatos;
- em saber que o deputado assassino (agora não mais deputado, mas somente assassino), estava "caindo" de bêbado já ao sair do restaurante, e estava indo de carona, mas mudou de idéia - a confirmação dessa informação é revoltante - e mesmo assim, saiu dirigindo e "cantando" pneu desde a saída do restaurante;
- em saber que a perda de vidas por acidentes estúpidos causados por criminosos que tem acesso ao volante - ainda acontecem, e vão continuar acontecendo... e que a esse risco, todos nós estamos expostos. Risco este, que é conviver, e dividir o mesmo espaço no trânsito, com seres irracionais que não entendem que estão expondo a risco, não só a sua própria vida, mas principalmente a vida de outras pessoas.
Até quando?
Segue o link para a página do programa “UM ANO DE LEI SECA”
Clique, assista, e tire as suas próprias conclusões.
*com informações do programa Profissão Repórter - da Rede Globo
"Quando se chega a uma cobertura um mês depois do ocorrido, corre-se o risco de ter de enfrentar certos incômodos. No caso do acidente com o ex-deputado Fernando Carli Filho, que matou dois meninos em Curitiba, em maio deste ano, encontramos alguns. O caso teve muita repercussão e foi bastante noticiado e, apesar de eu nunca ter pisado na cidade, ouvi muitos: “vocês de novo”, “vocês não cansam, não?”, “você não pode usar a entrevista do jornal local?”, “mas todo mundo já divulgou isso”, “usa o arquivo da Rede Globo” etc.
A única testemunha do acidente não queria ser incomodada. O delegado do caso se incomodou com as perguntas. O dono do restaurante, onde o então deputado bebeu antes do acidente, também ficou extremamente incomodado com a nossa presença. De uma forma geral, pessoas importantes para o esclarecimento dos fatos estavam incomodadas por receber jornalistas mais uma vez, repetir entrevistas, coisa e tal.
Mas, por outro lado, tinha o incômodo das famílias das vítimas. Eles, pais e irmãos de Rafael Gilmar e de Carlos Murilo, estavam muito incomodados com os quartos vazios, com os objetos encaixotados, com os planos interrompidos, com a falta daqueles abraços, com os lugares sobrando na mesa do jantar, nos almoços de família, com as perdas irreversíveis.
E foi com esse incômodo que eu me incomodei. E, por ele, eu enfrentei todos os outros incômodos e seus incomodados."
Nota do autor do blog:
eu também me senti incomodado:
- em ver que o delegado que conduz esse caso, não sabe o que fazer na sequência da apuração dos fatos;
- em saber que o deputado assassino (agora não mais deputado, mas somente assassino), estava "caindo" de bêbado já ao sair do restaurante, e estava indo de carona, mas mudou de idéia - a confirmação dessa informação é revoltante - e mesmo assim, saiu dirigindo e "cantando" pneu desde a saída do restaurante;
- em saber que a perda de vidas por acidentes estúpidos causados por criminosos que tem acesso ao volante - ainda acontecem, e vão continuar acontecendo... e que a esse risco, todos nós estamos expostos. Risco este, que é conviver, e dividir o mesmo espaço no trânsito, com seres irracionais que não entendem que estão expondo a risco, não só a sua própria vida, mas principalmente a vida de outras pessoas.
Até quando?
Segue o link para a página do programa “UM ANO DE LEI SECA”
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*com informações do programa Profissão Repórter - da Rede Globo
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Vicente Dspchnt Imobilário - chama no ZAP: 41 99633-1811 pra marcar / agendar uma consutoria / atendimento personalizado, pra análise / estudo de caso e aconselhamenmto do seu caso
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quinta-feira, junho 18, 2009

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