sexta-feira, 25 de setembro de 2009

'Bons tempos' são agora

O tempo passa, e as coisas mudam... Ainda bem! Hoje, comprar a casa própria é mais fácil

Dificuldades e uma longa espera até o fechamento do negócio da sonhada moradia própria fazem parte da história de quem comprou o primeiro imóvel décadas atrás.

Em 1994, depois de procurar durante meses a casa ideal para ele e sua mulher, o operador de máquina Braz Alves, de 43 anos, finalmente encontrou aquela que parecia ideal. “Gostei do espaço e da localização e durante dois meses corri atrás das providências para preparar toda a documentação para levar à Caixa Econômica Federal, mas o financiamento foi reprovado porque a residência tinha duas cozinhas”, conta ele, que fez a negociação diretamente com o proprietário do imóvel.

“Voltei a procurar uma casa, dessa vez via imobiliária. Levei um mês e meio para aprontar todos os documentos necessários e, finalmente, tive o financiamento aprovado.” Alves conta que usou o seu Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para dar entrada, e o valor correspondia, na época, a 40 % do valor da casa. “Mudei uma semana depois, e as parcelas eram metade do preço do aluguel”, diz ele. “Decidi usar o FGTS alguns anos depois para diminuir o valor da prestação, mas não valeu à pena porque o saldo devedor não diminuía como eu esperava. Só consegui fazer bom negócio quando, algum tempo depois, voltei a usar o Fundo de Garantia, mas, então, para amortizar o saldo devedor”, afirma ele, que quitou o imóvel em 11 anos.

Maria Helena Rainho da Silva, 58 anos, e o marido, Sidnei Alves da Silva, 56 anos, também enfrentaram alguns contratempos quando compraram a sua primeira casa em 1976. Um ano antes do casamento, a executiva de vendas de uma empresa de cosméticos e comerciante fizeram financiamento direto com a construtora. “As parcelas estavam no nosso orçamento, e as condições de pagamento eram razoáveis, mas o que não mudou nada foi a burocracia. Tivemos de apresentar um monte de documentos para tentar o financiamento, que demorou tanto tempo para sair que tivemos de atualizar documentos já emitidos, como as certidões negativas”, afirma Maria Helena. “Decidimos não antecipar a quitação e fizemos o pagamento em 20 anos.”

*com informações publicadas no Jornal da Tarde

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