sexta-feira, 25 de setembro de 2009

'Juntar os trapos' e contas

'Um é pouco, dois é bom' na hora de fazer as contas e reunir rendas para financiar um imóvel

Casar e ter um lugar próprio para morar faz parte do planos de muita gente e, na maioria das vezes, esses dois sonhos estão ligados, pois, como diz a sabedoria popular, ‘quem casa quer casa’. Para especialistas, concretizar o plano de ter moradia própria pode ser mais fácil do que se imagina se houver planejamento para aproveitar a oferta de crédito aquecida e várias linhas de financiamento imobiliário disponíveis no mercado, além do fato de se poder ter duas fontes de renda para o mesmo objetivo.

Foi o que fizeram o analista de sistemas Oliver Osti e a farmacêutica Renata de Morais Narciso, ambos de 32 anos. No fim do ano passado, fecharam negócio para comprar um imóvel próprio e casar de ‘papel passado’. “Nós pagávamos aluguel havia seis anos e nunca investimos muito na compra de móveis ou reformas nos apartamentos em que ficávamos”, conta Oliver. Quando decidiram casar oficialmente, procuraram um apartamento no mesmo bairro onde moram: o Butantã. “Já conhecemos a vizinhança e gostamos muito da região e, em pouco tempo, fechamos negócio”, diz ele.

Segundo o analista de sistemas, além da localização, o que os atraiu para compra foi o modelo do imóvel e as condições de pagamento. “A varanda com com churrasqueira chamou muito nossa atenção. Além disso, fazendo as contas, percebemos que as parcelas custam o mesmo que pagávamos de aluguel, então valeu muito a pena, porque agora estamos investindo em algo que será nosso.”

Desde que o negócio foi fechado, em outubro, eles decidiram cortar ainda mais os gastos para se preparar para dar uma boa entrada no financiamento em março do ano que vem, quando o imóvel será entregue.

A primeira ação foi deixar o apartamento em que moravam sozinhos e ir morar com os dois irmãos de Renata para dividir o aluguel e despesas como água, luz e telefone.

Outra medida importante foi montar uma planilha com dados sobre o reajuste da construção e sobre os rendimentos das aplicações financeiras do casal. “Com esse planejamento, conseguimos ter uma ideia de quanto tínhamos economizado e quanto poderíamos gastar efetivamente”, explica Renata.

A ideia do casal é usar uma parte das economias para dar entrada no financiamento imobiliário, que já está pré-aprovado. “A outra parte”, conta ela, “vamos usar na reforma do apartamento e na compra de móveis para o novo lar.”

MAIS RECURSOS EM FINANCIAMENTOS

Pelo programa ‘Minha Casa, Minha Vida’, o governo subsidia o imóveis novos no valor máximo de R$ 100 mil (em Curitiba) para famílias que ganhem até dez salários mínimos e tem como meta viabilizar 1 milhão de moradias pelo programa até o fim de 2010

Atualmente, os principais bancos brasileiros cobram taxas de juros que variam de 5%, mais Taxa Referencial (TR) de 15,08% ao ano. As melhores taxas são as aplicadas no Sistema Financeiro de Habitação (SFH), formado por recursos da caderneta de poupança e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O SFH financia imóveis até R$ 500 mil

Segundo o Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi), o total investido este ano em habitação será de R$ 50 bilhões, entre recursos da poupança e do FGTS. Segundo o sindicato, hoje, em cada dez compradores, seis usam financiamento de bancos

*com informações publicadas no Jornal da Tarde

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