sábado, 3 de abril de 2010

A importância da poupança pessoal

Talvez por herança do período em que vivemos uma taxa de inflação entre as maiores do mundo, em que era muito difícil - para não dizer praticamente impossível - realizar um planejamento orçamentário de longo prazo, isso não apenas para as empresas, mas também para as famílias, o brasileiro, geralmente, não tenha o hábito de realizar poupança. Poupança aqui não no sentido tão somente de caderneta de poupança, mas de poupar (seja na própria caderneta, ou em um fundo de investimentos ou, ainda, em CDBs, ações ou outras alternativas) uma parcela da renda recebida.

Nos EUA, para exemplificar, é comum os pais começarem a fazer uma poupança para o filho ainda antes de ele nascer (seja para pagar a faculdade, seja para ajudar a montar um negócio próprio). Já aqui no Brasil, isso não é tão comum. O fato é que, dado que já estamos vivendo um período de mais de 10 anos de estabilidade econômica e de inflação baixa, talvez já seja tempo de começarmos a desenvolver esse hábito.

Muitos pensam: “Ah, mas meu salário é baixo, não tenho como poupar; mais para a frente, quando minha renda for mais alta, começo a pensar nisso.” Esse raciocínio é equivocado. Afinal, é bastante importante que a pessoa comece a poupar dinheiro desde que entra no mercado de trabalho, por menor que seja sua renda. O importante é criar a cultura de poupar, independentemente de qual seja o valor, e não o montante, pois à medida que a renda da pessoa aumenta, ao ter adquirido esse hábito, automaticamente, o valor poupado aumenta.

Apenas para ilustrar, uma pessoa que poupe R$ 200 ao longo de 25 anos (atualizados a uma taxa de 0,5% ao mês), com o objetivo de complementar sua aposentadoria do INSS e receba, sobre este valor, já descontados impostos e inflação, uma taxa de juros de 0,5% (meio por cento) ao mês, terá, no final do período, um montante acumulado de mais de R$ 260 mil! Agora, suponha que esta pessoa, a cada ano, aumente o valor mensal de sua poupança em R$ 50, começando com uma poupança mensal de R$ 100, isto é, no primeiro ano, poupa R$ 100 por mês, no segundo ano, R$ 150, no terceiro ano R$ 200, e assim sucessivamente. Ao final do mesmo período, a pessoa terá acumulado mais de R$ 380 mil. Esse montante proporcionaria à pessoa, uma aposentadoria de mais de R$ 2 mil por mês.

Poderíamos, aqui, citar diversos outros exemplos, mas conforme citamos anteriormente, o objetivo deste artigo é mostrar ao leitor alguns dos benefícios que ele pode ter ao realizar uma poupança. Sem contar que, em uma emergência, é muito melhor ter uma reserva do que não ter nada.

*com informações publicadas no Jornal da Tarde

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