Pensar que a nova presidente irá resolver nossos problemas é uma das maiores masturbações da vida, é mais ou menos como acreditar que nossos pais irão nos proteger de tudo para sempre, bem isso para os que tiveram sorte de ter pais protetores e ao mesmo tempo incentivadores, coisa rara, eu sei.
Mas uma nova presidente traz, sem dúvidas, novas esperanças, e uma mulher é sempre algo de novo. Nós ficamos torcendo para que ela consiga diminuir a corrupção, que acabe com a pobreza e invista muito em educação. Só que isso talvez não passe de uma masturbação ideológica. Daquelas masturbações sem o gozo do final. É só a sensação que vem, vem e vem e não chega. Uma meia masturbação. Ih, nada pior do que meia masturbação! Frustra.
Masturbação é mais ou menos assim: você imagina uma coisa, deseja e quer relacionar com um tremor nas pernas e um frio na barriga. Como uma paixão de segundos. Uma menina disse para meu amigo que o amava enquanto estavam transando e ele respondeu: me diga isso depois do banho e eu vou acreditar. Pois é, a sensação deturpada que o ato causa, faz a gente dizer e pensar coisas embaraçosas, coisas as quais nem diríamos e nem pesaríamos se não fosse pelo tremor nas pernas.
Um colunista da Revista Época disse que o natal de 2010 foi o melhor de todos os tempos para o comércio brasileiro. Hum, isso me faz lembrar ainda mais da menina que disse que amava meu amigo. Agora vamos ver o que acontece depois do banho e na hora que chegar a conta das compras de natal. O brasileiro vai estar muito endividado, os bancos ainda mais ricos, os políticos com salários maiores e os preços dos imóveis nas alturas.
Os preços dos imóveis parecem a melhor dica de que toda essa sensação de riqueza não passe de uma masturbação. Claro! Como pode um apartamento de 30 metros custar mais de 100 mil? Só pode ser masturbação.
E onde vai parar um sujeito viciado em masturbação? Quando era adolescente uma professora disse que muita masturbação causava dificuldades de convívio social. Ah, se for só isso, não teremos problemas em 2011.
Então, eu vou preferir esperar um pouco as pernas pararem de tremer e ver o que acontece depois do banho para aí, sim, dizer: eu te amo!
*do blog do Duílio Ferronato
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