segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Crédito para pagar as contas

Depois das compras de Natal, é hora de encarar as contas de início do ano. Impostos como IPVA, IPTU, além de matrícula e material escolar são algumas das despesas a serem pagas a partir de agora. Para quem se enrolou com as finanças no final do ano, uma saída é buscar uma linha de empréstimo oferecida pelos bancos.

Com taxas de juros de 2,49% a 5,16% ao mês, o crédito pessoal, especialmente o consignado, é uma modalidade mais barata do que o cheque especial, que tem taxas em torno de 9% ao mês. Geralmente, é contratada após negociação com o gerente. Alguns bancos oferecem empréstimos pré-aprovados com taxas mais favoráveis, dependendo do relacionamento com o cliente.

O Bradesco lançou uma linha de crédito pessoal com condições especiais para o pagamento das despesas de início de ano, que estará disponível para os correntistas até o dia 31 de março. Ao contratá-la, o cliente pode pagar os tributos à vista, com descontos, e financiar o valor no banco. No caso do IPVA, pode-se incluir no financiamento o custo do licenciamento do veículo e as multas do período. O Santander também financia o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) do valor contratado.

No entanto, na opinião de Eliana Bussinger, autora do livro A Dieta do Bolsa, esta facilidade não é significativa. “É um valor pequeno. Neste caso, o melhor é observar a taxa de contratação do crédito, que pode ser negociada e tem um valor maior.”

Caso receba o salário pelo banco, é possível usar o crédito consignado, que tem taxas menores. “Elas podem chegar à metade daquelas cobradas pelo crédito pessoal”, afirma Luiz Jurandir Simões, professor da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras. Segundo Eliana, antes de apelar para o crédito é melhor tentar negociar os pagamentos. “É possível parcelar o IPVA e o IPTU. O consumidor também deve negociar com a escola do filho e tentar parcelar a primeira mensalidade. Antes de se endividar, é melhor adiar ou até dividir o pagamento no cheque caso não incidam juros sobre as parcelas.”

Esgotadas essas possibilidades, a pessoa deve procurar o banco no qual tem conta, que costuma cobrar taxas mais baratas. Caso a negociação não avance, deve partir para a pesquisa de juros em outros bancos. “Um ponto porcentual já faz muita diferença no valor final”, diz Eliana.

Planejamento
“Não conseguir pagar as contas do começo do ano só é aceitável se aconteceu algo imprevisível, como perda do emprego. Caso contrário, tomar empréstimo neste momento não é saudável”, diz Eliana. “Como são despesas fixas, anuais, a má gestão financeira se torna um ciclo sem fim”, aponta.

Assim como é necessário planejar uma viagem, também é necessário planejar impostos. O ideal é reservar entre 10% a 15% do orçamento da família todos os meses para imprevistos e despesas sazonais.

*do blog Seu Bolso do Jornal da Tarde

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