sexta-feira, 27 de maio de 2011

Preços dos imóveis devem crescer entre 5% e 10%, diz especialista

Os preços dos imóveis no Brasil devem subir entre 5% e 10% neste ano. Esta é a avaliação do economista-chefe do Secovi-SP, Sindicato da Habitação de São Paulo, Celso Petrucci. A estimativa indica uma desaceleração no ritmo de valorização do mercado imobiliário nacional, em plena expansão.

Somente no ano passado, mais de 1 milhão de casas e apartamentos foram financiados no país - duas vezes mais que em 2008. Em 2010, os preços dos imóveis novos subiram 26% em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre, enquanto os usados aumentaram em 24%. Como resultado, a alta média, de 25%, foi a maior do planeta no período. Em dois anos, a valorização dos imóveis chegou a 52% - apenas Hong Kong teve desempenho melhor.

O país vive um momento de crescimento econômico — com risco de superaquecimento, na opinião de alguns economistas —, com forte expansão do crédito e geração de empregos acompanhada de aumento real de salários. Assim, a demanda manteve-se — e mantêm-se ainda - muito maior do que a oferta. De acordo com o Sindicato da Construção Civil, Sinduscon-SP, a construção civil precisa crescer três vezes mais ao ano para sanar o déficit habitacional até 2022.

Apesar desses dados indicarem um potencial grande de crescimento, alguns riscos não podem ser ignorados. Segundo o economista-chefe do Secovi-SP, o atual ambiente econômico — com inflação em alta e aumento da taxa de juros —, é menos favorável em relação ao início de 2010.

A cidade de São Paulo já apresenta os efeitos desse cenário. No primeiro trimestre de 2011, as vendas de imóveis novos na capital paulista caíram pela metade. Dados do Secovi-SP apontam a desaceleração da economia e fatores sazonais como a razão para a baixa. O período acompanhou também a queda dos números de lançamentos e um consumidor mais conservador.

Na avaliação de Petrucci, por enquanto, fica a impressão de um ritmo menos intenso de comercialização para um ajuste técnico, devido à valorização dos imóveis e dos insumos, mas, tradicionalmente, o maior volume de negócios se concentra no segundo semestre, e os novos empreendimentos e as vendas devem voltar a tomar espaço.

"O importante é que o consumidor atente para as características da região, que podem valorizar ou desvalorizar o bairro", aponta o economista. Para ele, o financiamento ainda é a melhor opção, inclusive para quem pode pagar à vista, pois desta forma o comprador não ficará sem nenhuma reserva, caso se depare com alguma situação emergencial.

"Além disso, a restrição ao crédito estabelecida pelo Banco Central não atinge a modalidade, que está em franco crescimento, assim como o mercado", finaliza.

*com informações do Yahoo! Brasil

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