O preço dos alugúeis tem provocado problemas nas contas dos brasileiros. Antes de assinar um contrato que caiba no orçamento, é preciso procurar muito.
Três quartos, suíte, sala para dois ambientes. Há seis meses
é a nova casa da advogada Renée Rodrigues Martins. O apartamento é no mesmo padrão do anterior, mas, o aluguel é quase o dobro. Com o salário de R$ 4 mil, a advogada teve que fazer alguns cortes.
“Com lazer, com vestuário, reduzi a jornada de trabalho da minha ajudante”, diz Renée.
Em uma imobiliária de Belo Horizonte, a lista de espera já tem 215 nomes.
“Já chegamos no nosso limite máximo”, diz a gerente.
Essa procura tão grande foi o que fez o preço dos aluguéis disparar nos últimos 12 meses. No país, a inflação acumulada no período foi de pouco mais de 7%. Já o item aluguel chegou a quase 11%. E em Belo Horizonte foi ainda maior: 16%. Muitos proprietários aumentam o aluguel acima da inflação.
“O contrato venceu, ele chega para o locatário e fala, ‘olha quero aumentar o preço’, 50% a mais, 100% a mais, dobra, triplica”, aponta Haldane Júnior, diretor da imobiliária.
Para o economista Felipe Lacerda, o mais importante é não comprometer a renda da família. Nem que para isso seja necessária a mudança para um bairro mais distante.
“30% é o patamar, o limite máximo que você consegue destinar para moradia. Porque se você se compromete com 40%, mais 12% de alimentação, simplesmente você já comprometeu 52% da renda com moradia e alimentação. Ainda tem transporte, vestuário, você acaba estourando o seu orçamento”, orienta o economista.
Foi difícil, depois visitar 40 apartamentos, Éder conseguiu. Vai pagar R$1,150 de aluguel.
“Eu estou com pressa mesmo. Fui transferido de empresa e preciso trazer a minha família o mais rápido possível”, diz o gerente operacional Eder Oliveira.
*Se quiser assistir em vídeo, clique aqui com informações veiculadas do Jornal Nacional
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