segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Dia Mundial da Poupança

Sobre o Dia Mundial da Poupança
O Instituto Mundial de Bancos de Poupança (WSBI, na sigla em inglês) foi criado em 1924 e, um ano depois, instituiu o Dia Mundial da Poupança, no dia 31 de outubro.

Desde então, a data é utilizada para conscientizar as pessoas sobre a importância do hábito de poupar e investir pensando no futuro.

Comentário de um leitor do Yahoo:

Na verdade, poupar significa gastar o necessário e guardar o excedentário. Porém, há dada altura, o sr. Durão Barroso, então Ministro das Relações Exteriores de Portugal, actual Secretário da UE dizia: NINGUÉM PODE POUPAR SE NÃO TIVER EXCEDENTE. Plenamente de acordo com a sua visão holística. A Europa que diziámos que era, indubitavelmente o centro de poupança, hoje está de tangas e a pedir resgate aos países que sempre acusou de esbanjamento. Poupar é como a comida, ninguém deixa migalhas no prato se não estiver repleto. Mas, aprendam a poupar sempre que podem. Tenho dito.
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O brasileiro ainda é muito imediatista e pensa pouco em poupar e acumular patrimônio para o futuro. No Dia Mundial da Poupança, esta é a constatação de alguns especialistas em finanças e educadores financeiros.

Para o diretor da Pinski Consultoria, Isaac Pinski, este tipo de pensamento ainda está enraizado na cultura do brasileiro. “As pessoas acham que é 'feio' poupar e, em muitos casos, relacionam o ato à avareza”, diz o especialista.

De acordo com o educador financeiro e fundador do Instituto Dsop, Reinaldo Domingos, um dos maiores problemas é que as pessoas não associam a poupança à realização de um sonho ou objetivo futuro. “As pessoas não têm o hábito de poupar porque não se motivam para fazer isso”, acredita.

Segundo ele, é comum que sejamos estimulados desde crianças a ir às compras, sem nos preocuparmos em guardar dinheiro para o futuro. “Aprendemos que consumir era melhor do que poupar. O mais importante é mudar os hábitos”, diz.

Já o educador financeiro e fundador do Centro de Estudos e Formação de Patrimônio Calil & Calil, Mauro Calil, não generaliza e afirma que, em determinadas regiões do País, o hábito de poupar é maior do que em outras. “Isso depende muito do lugar. No Sul, por exemplo, as pessoas poupam mais do que quem mora no Norte e Nordeste”, afirma. Entretanto, ele concorda que o valor da poupança dos brasileiros ainda é pequeno.

De acordo com Calil, além da importância para o próprio poupador, o hábito de poupar também é importante para a economia no geral. “Em termos macroeconômicos, se a nossa poupança fosse mais alta, os juros seriam menores, porque os bancos teriam mais dinheiro para emprestar”, afirma.

Abrir mão de consumir
Os especialistas afirmam que poupar não significa abrir mão de todos os prazeres da vida e deixar de fazer tudo aquilo de que se gosta. O importante é saber equalizar o orçamento e evitar gastos desnecessários, para que seja possível guardar uma parte da renda todos os meses com objetivos futuros.

“A poupança deve ser vista e entendida como um conceito de qualidade de vida”, diz Pinski. “Não adianta ser extremista e achar que é preciso deixar de fazer tudo aquilo que dá prazer. Se fizer isso, sua vida se tornará uma chatice e você não vai conseguir isso por muito tempo”, continua.

Por isso, ele afirma que o mais importante é ter um equilíbrio dos gastos para poder fazer tudo o que se tem vontade, mas de uma maneira moderada. “Você não precisa deixar de comer o bolo e nem comer ele inteiro. Pode matar a sua vontade com moderação e comer apenas um pedaço. Assim podemos nos tornar seres humanos mais felizes e equilibrados”, afirma.

Expectativa de vida maior
O diretor da Pinski Consultoria lembra que a expectativa de vida do brasileiro aumentou de forma significativa nos últimos anos. “Houve um aumento impressionante no último século, a expectativa de vida quase dobrou”, diz.

Segundo ele, o imediatismo e a necessidade de comprar e consumir tudo na hora podem vir desta época, quando se esperava viver muito menos. “As pessoas pensavam em consumir logo, já que não viveriam muito”, afirma.

Entretanto, ele diz que, nos dias atuais, é preciso mudar este pensamento. “Não dá mais para ser imediatista. É importante pensar no futuro, e a capacidade de ganho, quando a pessoa fica mais velha, é muito menor do que quando se tem de 20 a 45 anos”, diz. “Por isso, é uma obrigação consigo mesmo fazer uma poupança mensal e investir com o objetivo de garantir uma receita na aposentadoria”, completa Pinski.

Capacidade de poupar
De acordo com ele, o brasileiro poupa muito menos do que os europeus e asiáticos, por exemplo. E isso independe da faixa de renda.

“Se compararmos um brasileiro que ganha US$ 1 milhão por ano com um europeu ou asiático com a mesma renda, vemos que eles poupam muito mais. E isso acontece com quem ganha US$ 50 mil por ano e outros valores”, diz Isaac.

O especialista afirma que não existe uma regra básica para poupar mensalmente, mas todas as pessoas podem economizar algum dinheiro todo mês. “Desde aqueles que ganham menos até os que têm renda mais elevada, todos conseguem poupar. Basta ter um orçamento equilibrado e priorizar as coisas certas”, afirma.

De acordo com Calil, para os mais jovens, que ainda não têm tantos compromissos financeiros e muitas vezes ainda moram com os pais, é possível economizar uma quantia maior da renda. “Nesta fase, o jovem consegue até mesmo economizar mais do que o próprio pai, porque não tem gastos fixos”, afirma o educador financeiro.

Para Pinski, quem já possui renda, mas ainda mora na casa da família, deve economizar pelo menos 50% do salário. “Às vezes, é possível guardar até mais, cerca de 70% da renda, mas o jovem também não deve deixar de sair e fazer os programas normais para sua idade”, diz o especialista.

Quem já mora sozinho e tem gastos com a família consegue poupar menos, mas não deve nunca deixar de guardar e investir uma parte da renda pensando no futuro. “O mínimo que se deve poupar é 10% do total da renda”, afirma Calil. Mas é possível guardar mais, o ideal é conseguir chegar a 30%”, diz o educador financeiro.

De acordo com ele, o hábito de poupar traz uma série de benefícios. “Só enriquece quem poupa”, diz. “Ou seja, você nunca será rico se gastar tudo o que ganha”, completa.

*com informações publicadas via InfoMoney, no portal Yahoo

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