domingo, 25 de março de 2012

O imóvel que o curitibano quer... não existe

O morador de Curitiba que pretende comprar um imóvel ainda sonha com preços praticados antes do boom imobiliário.

Sacada com churrasqueira e garagens

Em média, o curitibano quer imóveis com até 100 metros quadrados de área privativa, suíte, sacada com churrasqueira e considera importante a existência de área de lazer (principalmente salão de festas, salão de jogos e playground).


A novidade é que, com o aumento da frota de veículos, quase metade dos compradores (49%) quer apartamentos com duas garagens. Segundo Marcos Kahtalian, consultor do Sinduscon-PR, a pesquisa revela que a preferência por bairros está cada vez mais desconcentrada, mas regiões como o Boa Vista, Água Verde e Portão se destacam.

Em geral, as pessoas costumam procurar imóveis para comprar no próprio bairro onde moram.
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Pes­­­quisa divulgada pelo Sin­­­duscon-PR mostra que a maioria quer um imóvel que tenha três quartos, custe no máximo R$ 250 mil e que tenha prestação baixa, algo difícil de se encontrar no mercado atualmente.

O levantamento, que ouviu 200 pessoas em fevereiro com renda familiar a partir de R$ 2 mil, mostra que 41% dos entrevistados estão dispostos a pagar até R$ 700 por mês de financiamento. Outros 29% aceitariam uma prestação um pouco maior, entre R$ 700 e R$ 1,4 mil.

A demanda por compra está praticamente estável em relação à pesquisa anterior, realizada há cerca de um ano, segundo Marcos Kahtalian, consultor do Sindus­con-PR e responsável pelo levantamento. “O pleno emprego, a renda e o crédito em alta e o bônus demográfico, com o maior número de pessoas em idade ativa e empregada, aumentam a confiança e o otimismo em relação à compra da casa própria”, diz.

A novidade é que, apesar de a demanda se manter, o comprador não está disposto a gastar muito e, com os preços mais altos, alguns estão adiando a aquisição.

Entre os entrevistados que estão procurando um imóvel, 73% disseram que pretendem pagar até R$ 150 mil ou entre R$ 150 mil e R$ 250 mil. Apenas 9% afirmaram estar dispostos a adquirir casas e apartamentos na faixa entre R$ 250 mil e R$ 400 mil – justamente onde está a maior fatia da oferta de imóveis com três quartos do mercado atual.

“Há uma diferença entre o que o comprador quer e o que o mercado apresenta. Isso significa que, para essa equação fechar, talvez o plano de compra tenha de ser protelado para aumentar a poupança ou a pessoa tenha de vender algum ativo para fazer frente ao compromisso”, diz.

Na prática, o comprador ainda tem a intenção de adquirir imóveis com valores anteriores à disparada dos preços nos últimos anos, que chegaram a subir 46% entre 2009 e 2011.“O preço refletiu o custo e a demanda. E os custos, principalmente dos terrenos e da mão de obra, subiram muito nos últimos anos”, diz Kahtalian.

De acordo com ele, o comprador vai ao mercado com uma intenção e aos poucos vai adaptando o seu sonho à realidade, buscando imóveis mais afastados ou menores.

Nos últimos 12 meses, 14% dos entrevistados compraram e 23% procuraram um imóvel para aquisição em Curitiba. Cerca de 15% planejam continuar a procurar nos próximos seis meses e 31%, nos próximos dois anos.

Financiamento

A maioria dos compradores também não dispõe de muita poupança para dar de entrada no financiamento. Dos entrevistados que compraram ou procuram imóvel, 49% disseram que deram ou podem oferecer menos de R$ 25 mil para dar de entrada na aquisição.

Do total, 47% procuram casas e sobrados fora de condomínios e 39% estão em busca de apartamentos. A maioria (59%) prefere imóvel pronto e 79% financiaram ou pretendem finaciar o pagamento. Localização (50%) e preço (43%) são os fatores mais importantes na hora de decidir pela compra.

O levantamento ouviu 200 pessoas com renda familiar mensal de R$ 2 mil a R$ 4,5 mil (39%), R$ 4,5 mil a R$ 8,5 mil (42%) e acima de R$ 8,5 mil (20%).

*com informações publicadas na Gazeta do Povo

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