terça-feira, 10 de abril de 2012

Queda dos Juros (CAIXA, Banco do Brasil e outros bancos)

Ainda que o movimento liderado pelos bancos públicos possa levar a um aumento da oferta de crédito no país e redução das taxas de juros, o consumidor deve manter cautela na hora de decidir por contratar um financiamento.

Na verdade, não existe "almoço gratis"... É preciso ver na prática se os juros vão mesmo cair, porque algumas das medidas anunciadas dependem do perfil de cliente e da transferência de contas de outros bancos.

O mais prudente é esperar um pouco mais antes de fazer um financiamento, pois essas medidas costumam levar algum tempo para ser, de fato, implementada.

As taxas variam e dependem sempre do perfil do cliente, risco de crédito e relacionamento.

Empréstimo com consciência
A assessora técnica do Procon-SP, Cristina Martinussi, responsável pela pesquisa mensal sobre juros ao consumidor realizada pelo órgão, também aguarda uma redução das taxas cobradas pelos bancos privados. "Esses anúncios [do BB e da Caixa] vão acabar pressionado o mercado para baixo, até mesmo porque a Selic também está baixando", diz.

Ela orienta também que os consumidores busquem comparar as diversas opções de crédito oferecidas dentro do próprio banco. "O crédito consignado é sempre a melhor opção, pois como é o de menor risco é também o que costuma ter a menor taxa", diz.
Segundo a economista, o cheque especial deve ser sempre considerado como última opção. "É costume as pessoas usarem o cheque especial como segundo salário, mas se a pessoa já tem hoje uma dívida no cheque especial compensa até pegar um empréstimo pessoal só para quitar", sugere.
Cautela e negociação antes de troca de banco
Segundo a Anefac e o Procon, o cliente deve procurar negociar com o seu banco antes de decidir transferir sua conta-corrente ou conta salário em busca de taxas de juros menores para empréstimos.
"O cliente de banco privado precisa ser proativo, falar com o gerente e cobrar uma redução dos juros. Acredito que, na maioria dos casos, o banco vai tentar segurar o bom cliente", diz o vice-presidente da Anefac.
A analista do Procon afirma que, antes de qualquer decisão sobre transferência de banco, é importante que o consumidor verifique se as taxas reduzidas anunciadas se aplicam ao seu perfil. "Pode ser uma boa oportunidade para pressionar o banco, mas o cliente deve avaliar não só a taxa, mas toda a sua relação com a instituição e as demais tarifas do dia a dia", completa Cristina.
*com informações publicadas no portal G1

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Caixa anuncia redução de juros

Medida afeta principalmente as linhas de crédito para micro e pequenas empresas, além de pessoas físicas
A Caixa Econômica Federal anunciou na manhã desta segunda-feira (9) um corte nos juros nas linhas de crédito para pessoa física e micro e pequenas empresas. No cheque especial, por exemplo, a taxa baixou 67% para até 1,35% ao mês. No financiamento de veículos, caiu para 0,98%. Nas linhas em que os juros ficaram menores, o banco espera liberar R$ 71 bilhões entre abril e dezembro.
As medidas atingem 25 milhões de clientes do banco. Com o corte, a Caixa espera liberar R$ 10 bilhões em empréstimos para pequenas empresas. Ao todo, o banco prevê liberar no crédito R$ 300 bilhões este ano, numero 24% maior que em 2011.

O presidente da Caixa, Jorge Hereda, destaca que é a maior redução de juros do banco e que a estratégia vai fazer o banco ganhar mercado. "É importante ser competitivo, tanto para não perder clientes como para ganhar", disse durante entrevista com a imprensa.
O executivo destacou que na época da crise financeira mundial, o banco tinha 6% do mercado, fatia que chegou a 12,6% no final de 2011. "Queremos aumentar essa participação e ter a terceira maior carteira de crédito do mercado."
O Banco do Brasil cortou suas taxas na última quarta-feira. Na media, a redução foi de 35%. O BB fez cortes em linhas como financiamento de veículos, cartões e para pequenas e médias empresas.
O corte nos juros do BB e da Caixa faz parte de uma estratégia do governo para estimular o consumo interno pelo aumento do credito. O objetivo também é fazer com que os bancos privados sigam os públicos e cortem juros, para não perderem mercado.

*com informações publicadas na Gazeta do Povo
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Crédito imobiliário fica fora do corte de juros da Caixa

O financiamento imobiliário ficou de fora do programa de corte de juros anunciado nesta segunda-feira pela Caixa Econômica Federal. O presidente do banco, Jorge Hereda, argumentou que o segmento já tem margens muito pequenas.
O banco espera liberar no financiamento habitacional entre R$ 90 bilhões a R$ 100 bilhões este ano, acima dos R$ 80 bilhões do ano passado. No primeiro trimestre, foram liberados R$ 21 bilhões, aumento de 40% em relação ao inicio de 2011. Descontando as linhas do segmento Minha Casa, Minha Vida, a expansão foi de 31%.

Hereda destacou que o segmento, depois de crescer a taxas muito elevadas nos últimos anos, está agora se expandindo em níveis mais sustentáveis. "Teve ano que cresceu 60%, isso não é sustentável."
Estratégia
Hereda minimizou a influência política na tomada da decisão de baixar os juros. "Não existe nenhuma atitude que não tenha amparo em análise de níveis de risco e inadimplência", afirmou. "É uma estratégia de negócios. Não foi nenhuma atitude impensada ou populista."
Ele destacou que o banco vai manter a rentabilidade e espera que o lucro em 2012 seja pelo menos igual ao do ano passado, que ficou em R$ 5,2 bilhões. Sobre a inadimplência, o executivo destacou que ela está controlada e que pode até subir com a nova estratégia, mas nada que preocupe o banco.
A Caixa, segundo ele, desenvolveu modelos de risco de alto nível. "A Caixa vai pular na frente (dos concorrentes)" disse. A expectativa do banco é que a carteira de crédito cresça mais de 30% este ano.
A Caixa reduziu juros na pessoa física em segmentos como crédito consignado, cartões, veículos e financiamento ao consumo. Nos cartões, o banco baixou as taxas em 40% no rotativo (financiamento da fatura). O banco também anunciou o lançamento do produto Cartão Azul Caixa, com juro de 2,85% ao mês para clientes que recebem salário no banco público.
No consignado, Hereda destaca que mesmo sendo o produto com maior concorrência no mercado e de menores margens, o banco reduziu os juros de 2,82% para 1,95% ao mês.
*com informações publicadas na Gazeta do Povo
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Caixa lança plano para facilitar pagamento de dívidas

A Caixa Econômica Federal anunciou nesta segunda-feira um programa para reduzir o custo da dívida ou alongar os prazos para o seu pagamento, chamado de "Crédito Azul Caixa". O plano estará disponível para clientes da instituição e de outros bancos.
Por meio do programa, é possível quitar dívidas mais caras, trocando-as por outra de menor custo, alongar prazos ou obter novos recursos.
"Criamos o programa para que a redução dos níveis de juros não vire um motor de novas dívidas descontroladas", disse o presidente da Caixa, Jorge Hereda.
Segundo ele, o plano tem o objetivo de proporcionar uma oportunidades às famílias de reorganizarem suas finanças.
Em uma simulação feita pelos executivos do banco, um cliente com dívidas no cheque especial, CDC e cartão de crédito no valor de R$ 20 mil poderá reduzir a prestação paga mensalmente de R$ 2.166,08 para R$ 953,56, pelo prazo de 60 meses.
No caso de quitação das dívidas no outro banco, o cliente obtém um valor de R$ 10 mil para utilizar como quiser.
Os correntistas de outras instituições poderão abrir uma conta e fazer uma análise de perfil para conhecer a oferta dos limites de crédito.
Os interessados devem procurar as agências da Caixa para fazer simulações ou buscar informações no site www.caixa.gov.br ou no telefone 0800 726 0222.
A instituição também anunciou oficialmente as novas taxas de juros para seus principais produtos de crédito ao consumidor e a microempresas, divulgada na última quinta-feira. O pacote de medidas foi chamado de "Caixa Melhor Crédito".
Veja as linhas de crédito que ficaram mais baratas
CRÉDITO Taxa atual (ao mês) Nova taxa (ao mês) Diferença
Pessoas físicas


Cheque Especial Normal 8,25% 4,27% -59,00%
Crédito Pessoal Sênior (CDC Sênior) 3,92% 2,47% -42,00%
Crédito Pessoal Turismo (CDC Turismo) 4,97% 3,57% -33,70%
Crédito Pessoal Automático (CDC Automático) 5,40% 3,88% -34,20%
Crédito Consignado Taxa mínima 1,29% 1,20% -7,40%
Crédito Consignado Taxa máxima 2,82% 1,95% -34,20%
Crédito Consignado INSS (7 a 12 meses) 1,75% 1,40% -21,60%
Crédito Consignado INSS (13 a 60 meses) 2,14% 1,80% -17,50%
Cartão de Crédito Nacional 12,86% 9,47% -40,00%
Cartão de Crédito Internacional 12,17% 8,80% -41,00%
Cartão de Crédito Gold 10,76% 7,70% -40,40%
Cartão Azul Caixa* 12,86% 2,85% -87,70%
Antecipação de Imposto de Renda** de 2,42% a 2,80% 2,20% -24,00%
Financiamento de veículo (taxa mínima) 1,19% 0,98% -18,60%
Pessoas jurídicas


Giro CAIXA Fácil 2,72% 0,94% -68,70%
Desconto Cheques e Duplicatas (Taxa Média) 1,72% 1,25% -29,20%
Aporte CAIXA - Garantia Imóvel (servidor público conta salário) ** de 1,35% a 1,75% de 1,35% a 1,42% -20,30%
Crédito Pessoal Salário (CDC Conta-Salário) 4,65% 2,39% -54,80%
Cheque Especial Salário 8,18% 3,50% -67,40%
Cartão Azul Caixa** 12,86% 2,85% -87,70%
* Produto Cartão de Crédito para Conta Salário. Comparativo de taxa com a do Cartão de Crédito Nacional.
** Comparativo de taxa com a taxa máxima atual.
Fonte: Caixa Econômica Federal
*com informações publicadas na Folha de São Paulo
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Caixa corta juros e acirra concorrência

Na semana passada foi o Banco do Brasil, ontem foi a vez da Caixa Econômica Federal anunciar redução de juros. Para o consumidor, além de mais uma opção de empréstimo com custo menor, a queda nas taxas serve como argumento para pressionar outros bancos na negociação de crédito.
Quem já tem uma dívida com a Caixa, pode, por exemplo, pedir à instituição que a pendência passe a ser reajustada pelas novas taxas. Se o crédito for de outro banco, há a possibilidade de levar a pendência para a instituição pública caso ela ofereça melhores condições por meio da portabilidade.
A queda dos juros contempla as modalidades como crédito consignado, financiamento de veículos, cartões de crédito, financiamento ao consumo e capital de giro para empresas. O crédito imobiliário ficou de fora do programa. A explicação da Caixa é que o segmento já tem margens muito pequenas, o que exige um estudo mais cuidadoso, além de depender da situação da poupança.
O programa anunciado pela Caixa ontem leva o nome “Caixa Melhor Crédito” e já está em vigor. Nele, a taxa do cheque especial cai de 8,25% ao mês para 4,27%, podendo chegar a 1,35%, dependendo do relacionamento entre cliente e banco. O pacote “Bom pra todos”, do Banco do Brasil, começa a valer na quinta-feira. Por meio dele será possível financiar um carro com juro a partir de 0,99% ao mês. As taxas do consignado vão de 0,85% a 1,8% ao mês.
A ação faz parte do plano do Planalto para aquecer a economia com empréstimos mais baratos, incentivando a concorrência entre bancos. “Reduzir os juros dos bancos públicos é uma estratégia do governo. É um mecanismo para apertar os concorrentes a fazerem o mesmo”, diz o coordenador do núcleo de pesquisa do Índice Fecap (Ifecap), Eric Brasil.
Na opinião de Alcides Leite, professor de economia da Trevisan Escola de Negócios, os bancos privados devem diminuir os juros porque a concorrência prevalece. “E há espaço para essa redução. Os ganhos são altos. Mas os bancos podem até lucrar ainda mais com a mudança já que mais gente vai tomar crédito, o que aumenta o número de operações.”
R$ 300 bilhões
O volume de concessão de crédito estimado pela Caixa para 2012 é de R$ 300 bilhões, 24% maior que em 2011. Os principais produtos do programa devem envolver R$ 71 bilhões entre abril e dezembro. “Não estamos baixando os juros por uma medida meramente política. É uma medida que vai fortalecer a Caixa a ganhar mercado. São medidas baseadas em critérios técnicos, em análise da carteira, em níveis de risco e de inadimplência”, diz o presidente da Caixa, Jorge Hereda.
O banco quer aumentar sua base de clientes com o atrativo de juros mais baixos e prazos mais longos, mas os critérios de concessão de crédito continuam os mesmos.
Segundo o coordenador do curso de ciências contábeis da Faculdade Santa Marcelina, Reginaldo Gonçalves, a dica para o consumidor é conferir se seu endividamento está entre as modalidades cujos juros caíram nos bancos públicos. A partir daí, o consumidor pode negociar com o banco onde é cliente. Caso não seja apresentada uma proposta melhor, a portabilidade pode ser o caminho. Esse mecanismo permite transferir a dívida de uma instituição para a outra. O alerta é para o cliente não esquecer de verificar a tarifa cobrada para abertura e manutenção da conta, que pode fazer diferença no final.
“O consumidor deve continuar fazendo a pesquisa pelo crédito mais barato. O que ele ganha é que dois bancos têm linhas mais acessíveis e vai haver pressão para redução por parte dos bancos privados”, diz Brasil.
Além de reduzir as taxas dos cartões de crédito Nacional, Internacional e Gold, a Caixa lançou um novo produto para quem recebe o salário pela instituição: o Cartão Azul Caixa. A taxa será de 2,85% ao mês, um valor bem abaixo do juro antigo do cartão Nacional, de 12,86%. O produto do BB é semelhante e terá taxa de 3% ao mês, também abaixo do juro médio atual de 12,25% ao mês. Os bancos privados informaram que avaliam uma redução de juros.
Propostas
Bancos apresentarão hoje ao Ministério da Fazenda sugestões para diminuir as margens cobradas nos empréstimos – o chamado spread bancário. O tema dominante é a segurança jurídica dos financiamentos. O setor diz que, quanto mais segura a for a execução de dívidas atrasadas, menor será o juro cobrado dos clientes. Os bancos reclamam que é muito difícil retomar, por exemplo, um automóvel ou uma geladeira financiada em caso de calote. O setor argumenta que, com o avanço nesse sentido, as perdas por inadimplência vão diminuir e será possível cobrar menos dos clientes. Colaborou Fernando Nakagawa
*com informações do Jornal da Tarde
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Bancos vão pedir mais garantias nos empréstimos para reduzir o spread

Bancos apresentarão nesta terça-feira, 10, ao Ministério da Fazenda uma lista com mais de 20 sugestões para tentar diminuir as margens cobradas nos empréstimos, o chamado spread. Na lista, o tema dominante é a segurança jurídica dos financiamentos. O setor financeiro argumenta que, quanto mais seguro for a execução de dívidas atrasadas, menor será o juro cobrado dos clientes.
A apresentação das propostas será feita menos de duas semanas depois de o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ter cobrado juro menor e mais crédito aos presidentes das cinco maiores instituições: Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, Caixa Econômica Federal e Santander. A apresentação de hoje ocorre sob pressão crescente: a presidente Dilma Rousseff reclamou que os spreads são "tecnicamente de difícil explicação no Brasil" e o Banco Central estuda criar um ranking para divulgar a margem cobrada por cada banco.
Como resposta a essa pressão, bancos costuraram uma proposta bastante técnica. O Estado apurou que o assunto dominante no documento é jurídico. Na avaliação do sistema financeiro, é preciso aumentar a segurança nos contratos e criar melhores condições para cobrar o empréstimo em caso de inadimplência. Os bancos reclamam que é muito difícil retomar, por exemplo, um automóvel ou uma geladeira financiada em caso de calote.
Por isso, o setor financeiro pede "mais segurança jurídica" e mais "velocidade processual" na execução de dívidas em aberto. Bancos argumentam que, com o avanço nesses temas, as perdas por inadimplência vão diminuir e, assim, será possível cobrar menos dos clientes.
A proposta dos bancos também dá destaque para a possibilidade de reduzir o juro com o aumento das garantias nos empréstimos. Uma das ideias é atrelar operações a ativos, como cotas de fundo de pensão ou imóveis. Oferecer mais garantias para cobrir prejuízo em caso de calote, dizem os bancos, aumenta a segurança da operação e, assim, spreads e juros poderiam cair.
Temas de reclamação tradicional do setor financeiro também fazem parte da lista, como o custo dos impostos e dos depósitos compulsórios - que é a parte do dinheiro dos clientes que fica retida no BC.
A reunião será no Ministério da Fazenda com o secretário executivo, Nelson Barbosa. O secretário executivo adjunto, Dyogo de Oliveira, foi escolhido por Mantega e Barbosa para coordenar os trabalhos.
Na lista de convidados, além dos cinco maiores bancos, também estão instituições como o Citibank, HSBC, Banco Votorantim, Sofisa, Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a Associação Brasileira de Bancos Comerciais (ABBC). Pelo caráter mais técnico e operacional, os presidentes dos bancos não devem estar presentes. Participam da reunião especialistas dos departamentos econômico, jurídico e de produto dos bancos.
*com informações publicadas no Jornal "O Estado de São Paulo"
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Com queda nos juros bancários, momento é ideal para quitar dívida

Após Banco do Brasil baratear custo de operações, Caixa Econômica Federal anunciou ontem redução de até 88% na suas taxas de juros
Planejamento e cautela. Essas são as recomendações dos especialistas diante das reduções de até 88% nas taxas de juros para pessoas físicas e micro e pequenas empresas do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal nos últimos dias. Apesar de a medida estimular o consumo, especialistas afirmam que esta é uma oportunidade para liquidar dívidas.
INFOGRÁFICO: Confira a variação das taxas de juros em diversos bancos
Para Samir Bazzi, professor de Administração da Faculdade de Administração e Economia (FAE), os consumidores com pendências financeiras devem aproveitar para renegociar as dívidas antigas a juros mais baixos. “A ideia é ficar livre das contas primeiro, para depois pensar e planejar novas aquisições”, diz. Por enquanto, a redução nas taxas de juros beneficiará apenas clientes da Caixa e do Banco do Brasil, mas a expectativa é que a medida pressione também a queda dos juros nos bancos privados – que se reúnem hoje, em Brasília, com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para exigir contrapartidas. No caso da Caixa, as operações de crédito consignado, cartão de crédito, cheque especial e financiamento de veículos terão redução nas taxas.
Segundo Miguel Ribeiro de Oliveira, da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), ainda é cedo para dizer se vai ou não haver uma corrida em busca da portabilidade dos serviços bancários por causa das taxas de juros menores nos bancos públicos, mas recomenda que não haja precipitação por parte dos clientes dos bancos privados. “Mesmo sem a redução dos juros, eles também serão beneficiados, pois poderão negociar no seu banco melhores taxas para a quitação de pendências”, afirma. O número de operações de portabilidade de crédito cresceu 55,96% em março, ante fevereiro, segundo dados do Banco Central, mas em números absolutos ainda continua baixo.
Em um primeiro momento, a medida dos bancos públicos deve provocar uma onda de consumo, favorecendo a economia, acredita Bazzi. Num segundo momento, porém, o país deve observar um aumento nas taxas de inadimplência, que já vêm crescendo desde o ano passado.
Por outro lado, o momento é favorável para as micro e pequenas empresas que não dispõe de capital de giro e vão se beneficiar dessa redução na taxa de juros para investir em tecnologia e melhorias para o negócio. “Colocar o pé no chão e não se deixar levar pelas taxas de juros tentadoras”, recomenda.
Programa
Depois do Banco do Brasil, semana passada, foi a vez da Caixa Econômica Federal anunciar ontem a redução de suas taxas. Mais de 25 milhões de clientes do banco poderão ser beneficiados com o Programa Caixa Melhor Crédito. De acordo com o presidente da instituição, Jorge Hereda, todos os clientes, independente do relacionamento atual com o banco, serão beneficiados. A Caixa estima que precisa conquistar 2 milhões de novos clientes para compensar a redução na margem líquida da instituição, segundo informação da agência de notícias Folhapress.
Nas linhas de crédito com as maiores reduções nas taxas de juros, a Caixa espera liberar R$ 71 milhões entre abril e dezembro, além de mais R$ 10 milhões destinados para micro e pequenas empresas. No total, o governo prevê a liberação de R$ 300 bilhões em crédito, valor 24% superior ao disponível em 2011.
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O QUE MUDA
Confira o programa de redução de juros da Caixa Econômica Federal (CEF)
Cheque especial
Redução de 8,18% para 3,50% a.m para clientes com crédito salário.
Para demais clientes, taxa máxima de 4,27% e mínima de 1,35% a.m.
Todos os clientes atuais do cheque especial com taxa superior a 4,27% a.m. terão taxa reduzida a esse patamar retroativamente ao início de abril.
Cartão de crédito
Redução de 40% nas taxas de juros anuais no rotativo para todos os clientes dos cartões Nacional, Internacional e Gold.
Novo Cartão Azul CAIXA, com taxa do rotativo de 2,85% a.m para clientes que recebem salário no banco.
Clientes que contratarem o Cartão Azul Caixa terão taxas reduzidas de 12,86% para 2,85% a.m.
Crédito Direto Caixa (CDC)
Crédito pessoal direto na conta corrente, a taxa anual também foi reduzida de 5,40% para 3,88% a.m.
Para clientes com conta salário, a taxa do CDC foi reduzida de 4,65% para 2,39% a.m.
Crédito Consignado
Crédito consignado teve uma redução de 2,82% para 1,95% a.m.
Para os convênios com empresas que operam com taxa mínima, as taxas passaram de 1,29% para 1,20% a.m.
Para os aposentados, no consignado INSS, a taxa máxima caiu de 2,14% para 1,80% a.m. Nos prazos menores, a taxa é de 0,84% a.m.
Financiamento de Veículos
Para aquisição de veículos novos e usados, a taxa mínima foi reduzida será de 0,98% a. m. e pode variar até 2,25% a.m. conforme prazo e cota de financiamento, idade do veículo e relacionamento do cliente.
Benefícios para Servidores com Conta Salário
Novo pacote de benefícios para os servidores públicos:
Condições diferenciadas linhas no cheque especial: 3,5% a.m.
Isenção da 1ª anuidade nos cartões de crédito e taxa de 2,85% a.m. no Cartão Azul Caixa.
Melhores taxas de remuneração para investimentos como CDB, Letras de Crédito Imobiliário (LCI), Fundos de investimento com taxa de administração de 0,7% para valores a partir de R$20.000,00, além de descontos em produtos de seguro, previdência e consórcio.
Organização Financeira
Dentro do programa de redução de juros também foi lançado o Crédito Azul Caixa, que oferece modalidades de crédito com melhores taxas e prazos maiores para pagamento de dívidas e reorganização financeira. O programa disponibiliza também orientação financeira para clientes e não clientes que desejarem reduzir sua prestação e o pagamento mensal de juros.
Fonte: Caixa Econômica Federal (CEF)
*com informações publicadas na Gazeta do Povo

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