domingo, 23 de setembro de 2012

Comprar em leilões pode render descontos de até 65%

A disputa é, muitas vezes, acirrada. Mas se o comprador tiver sangue frio e dinheiro para honrar o lance dado, pode comprar produtos com preços bem abaixo dos de mercado. O local da pechincha são os leilões, onde é possível encontrar descontos médios de até 65%, em relação ao comércio tradicional.

Essa redução foi apurada na venda de um Fiat Uno modelo 2001 por uma empresa especializada em leilões. No mercado, o carro vale cerca de R$ 9.500, mas o vencedor pagou R$ 3.200 por ele.

Além dos leiloeiros, órgãos públicos como Receita Federal, Detran e Caixa Econômica Federal fazem leilões de bens — como joias e imóveis — que foram apreendidos em operações policiais, confiscados porque os antigos donos não conseguiram arcar com seus custos ou cedidos em troca do pagamento de empréstimos.

Alguns leilões, especialmente os que aceitam lances pela internet, exigem que os participantes preencham um cadastro, antes da participação. Apenas quem fornece os dados previamente fica habilitado a fazer as propostas.

Mas é preciso estar atento e dar o lance, se realmente tiver a intenção e a condição de pagar. Isso porque, se o dinheiro não for depositado no prazo, o consumidor pode pagar uma multa de 20% da oferta efetuada. Nos leilões de joias da Caixa, se o comprador não concretiza o lance, fica proibido de participar dos pregões por seis meses.

O autônomo Anderson Breyner de Azevedo, de 42 anos, frequenta leilões há 15. Nesse período, comprou pelo menos 50 veículos, entre carros e motos:
— O meu carro, o da minha esposa e a minha moto foram comprados em leilões. Um amigo meu, que é dono de oficina, me levou a um leilão pela primeira vez.

No início, Anderson comprava os veículos para uso próprio, mas, depois, começou a revender e chegou a ter uma agência de automóveis.
— Sempre consegui fazer bons negócios, comprando mais barato do que no mercado — afirma.

Apesar de parecer um negócio para profissionais, o leilão é, na verdade, uma compra como outra qualquer, que requer planejamento antes de fechar a transação. Como ninguém é louco de gastar dinheiro no que não vê, é importante olhar os produtos que serão leiloados, o que pode ser feito na internet ou no local de venda.

Ler o edital do leilão também é fundamental. Nele estão todas as regras, como taxas e impostos cobrados e prazos de pagamento.

Também vale a pena estabelecer um limite de quanto se vai gastar no leilão, para não se deixar levar pela guerra de lances e acabar pagando caro pelo produto.

— O comprador deve lembrar que, além do valor do item, tem que pagar as taxas do leilão. E, no caso de um veículo, pode ter que fazer algum reparo — aconselha André Luis Neves, gerente de Leilões do leiloeiro Rogério Menezes.

Neves também recomenda que, para ajudar a decidir até que valor vai brigar pelo produto, o comprador pesquise o valor de mercado do bem de seu interesse e, na hora do leilão, tenha calma para dar os lances.

Leiloeiros
A maioria vende veículos, mas também trabalha com imóveis e outros produtos. No caso dos carros, o pagamento deve ser feito à vista até o primeiro dia útil após a compra. Além do valor do produto, paga-se 5% de comissão ao leiloeiro.

Caixa Econômica
Vende joias e imóveis. As primeiras podem ser vistas no endereço eletrônico http://www11.caixa.gov.br/portal/public/sievj. Para alguns imóveis, o equivalente a 5% do lance vencedor deve ser pago no ato do leilão.

Detran
Exige cadastro prévio para quem arremata pela internet. Os débitos do veículo são pagos com o valor do lance.
Receita Federal
Os arrematantes devem apresentar identidade e CPF para participar dos leilões.
 
*com informações publicadas no Jornal Extra

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