quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Superbancos

Os cinco maiores bancos do país detêm nada menos do que 77% do mercado. É uma concentração nas mãos de um pequeno punhado de bancos que traz grandes ameaças aos clientes.

Quando não há concorrência, os bancos tendem a cobrar juros mais altos de seus clientes e também impõem tarifas excessivas para quem tem conta bancária, caderneta de poupança ou fundos de investimento.

Ou seja, o cliente perde duplamente, como depositante e como tomador de empréstimos. E o banco acumula lucros e cresce. Não é à toa que há vários anos os bancos estão entre os negócios mais rentáveis do Brasil.

O papel do governo nesses casos é bem claro: ele tem de ficar em cima dos bancos para que não se aproveitem da situação. Mas a atuação do governo brasileiro nesse campo ainda é muito fraca.

O governo só intervém no sistema bancário quando é para salvar os bancos de uma quebradeira.
Claro que isso é bom para os depositantes, senão eles perderiam dinheiro. Mas quando é que o governo vai se mover para proteger os clientes contra o grande poder dos bancos, impedindo que cobrem juros ou tarifas tão altos?

*editorial do Jornal Agora

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